Poiésis

quinta-feira, março 25, 2010

Inquieta

















Deixe isso tudo pra trás
Suas armadinhas e ciladas
Todas elas mal traçadas
Só foram testadas
Contra ti


Seu coração ainda sonha
Mas sonha sangrando
Sangra pelos teus...
Meus erros também
Das muitas palavras
Amargas e frias

Não pouco são as feridas
Feridas que se multiplicam
Multiplicam em mim
Do seu próprio engano
Daquilo que guarda
No coração e te fere
E que parece não mais causar-te
Nenhum espanto...
Acostumou-te com o pranto?

Ó alma linda sim, e inquieta também
Na noite silenciosa, sou eu
É a minha lembrança que te desperta
O desejo de estar ao ao meu lado
Movem em mim as lágrimas
Lágrimas caídas e caladas
Na alegria então compartilhada
Ás vezes pouco, ás vezes rara...
Muito mais rara
Mas que no fundo sabes:
Não estou de todo ausente
Sim, ainda estou aqui
E passeio na sua frente
Sempre estive e
Estarei por muito tempo

Sim, tenho defeitos
Tenho defeitos múltiplos
Defeitos talvez, quem sabe
De um coração carente
De um coração inseguro
De não saber o fim
E nem mesmo o futuro:
Quando perto estou de ti,
Quer-me distante
E quando distante,
Mas próximo estou...
Só quero que saibas
Que nem tudo é incerteza
Ainda guardo em mim
Um pouco de beleza

Não valorize, portanto
A acometida tristeza
Por mim, meus enganos
Por aquilo que te fiz :
Muitos danos...
Quero que novamente te encantes
E que agora não se espante
Na mudança de minha vida
Do meus passos sombrios
Meus passos errantes

Não! Não só por um dia
Nem mesmo por um instante
Porque descobri que amar
É muito mais do que comer
Mais do que simples viver
É valorar cada minuto
Cada segundo da sua presença

É viver para te bem querer
Querer e ser seu amante
Um amante de perto
Um amante constante.

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