Era uma vez uma menina. Bonita? Hum... chamada Cinderela. Menina mal amada por sua família. Família esta formada por duas irmãs megeras e uma madrasta. Família que não é a de sangue, mas postiça, emprestada mesmo! E que desejava muito ir à festa pomposa do magnata Marcelão que ia acontecer na cidade, pois este estava a procura daquela que fosse a princesinha de seus belos olhos e coração.
Enquanto isso, em sua casa, como sofria a pobre da Cinderela! Sua família era cruel, tratava a coitadinha com desprezo, pois apesar de ser apenas só um pouquinho feinha, só um pouquinho quatrolho, estrábica e narigudinha, no fundo possuía um carisma e bom coração... Bem, isso, às vezes... Nem sempre.
Suas irmãs de tanto comer porcarias na rua e em casa, e de passar horas a fio em frente ao Orkut e MSN, ficaram extremamente sedentárias e troncudas. Não! Troncudas não. Gordas mesmo!
Cinderela não possuía folga, trabalhava demais. Vivia triste e solitária. Tinha que fritar vários pasteizinhos por dia, passava horas pilotando o fogão e esfriando a sua barriga no tanque. Isso era uma rotina terrível. Seus cabelos eram duros, encaracoladinhos e presos - alguns fios, ás vezes, se soltavam e arrepiavam em volta do rosto, deixando a sua face parecida com o sol. Eles eram fios rígidos devido a tanta gordura que subia a cada salgadinho frito para o deleite de suas irmãs. Mas, mesmo assim, como eu disse, Cinderela tinha lá seus encantos.
Na noite do grande baile , Cinderela, ou melhor, Cindy - Cindy para os íntimos - estava tristonha. Sua madrasta a fizera trabalhar dobrado na cozinha e no trato para com as outras irmãs:
- Cinderela! – Gritava a irmã mais velha - Largue de moleza, sua lesma! Venha depressa me ajudar com os meus sapatos!
- Pinte os meus cabelos, Cinderela! Depois quero que desencrave e faça as minhas unhas dos pés, e limpe também as minhas micoses! Escove e passe meus treze vestidos de gala, pois vou escolher com qual deles eu ficarei lindíssima para a festa. Ah, mas o magnata Marcelão... Esse sim, não há de resistir aos meus encantos... E ande rápido com isso, lerdeza! - dizia a irmã mais nova para a borralheira.
O magnata Marcelão era o sonho de consumo de qualquer mulher. Era moreno, lutava jiu-jitsu, boxe tailandês, judô e caratê. Era um homem bombado... Saradão!!
Mas o que mais chamava a atenção da mulherada e que todas elas se derretiam era a sua boca, sua boca sedutora parecida com a do cantor Wando. Um arraso de homem!!
Enquanto isso, Cinderela não tinha um vestido, um sapato, nem mesmo um perfume Avon que a pobrezinha pudesse disfarçar o cheiro rançoso de sua pele e cabelos engordurados. Mas para se vingar, Cinderela - Cindy, a minha amiga do peito - ao lavar as privadas das suas irmãs, usava suas escovas de dente, passava em cada cantinho do vaso sanitário, jogava uma leve aguinha e, por fim, guardava novamente como se nada tivesse acontecido às escovas. Mas Cindy... Cindy não era uma menina má. Isso era apenas um pequeno gesto para tentar aliviar a sua tensão e se vingar da crueldade da sua família.
Foi então que, quando viu as megeras saindo para o baile, ela se lamuriou pelos cantos da casa. Ela também queria muito ir nessa festa, no grande baile e conquistar o magnata.
“ Essa festa sim, seria uma boa hora para eu me livrar de vez desse encosto de família!” –Pensava Cinderela.
-Estou tão, tão cansada... Só mesmo um anjo para atender esse meu sonho, porque todas as moças da cidade estarão lá e, uma delas, será a sortuda a ser escolhida pelo magnata Marcelão, o herdeiro!
-E aquelas víboras das minhas irmãs saíram e não me deram, nem sequer me emprestaram um vestido para ir ao baile!
Só que de repente, do nada, um barulho é ouvido. Surge em sua frente, em meio a muita fumaça branca que cheirava a álcool, uma pessoa; alguém que iria ajudar Cinderela a realizar o seu grande sonho de menina moça.
- (hic!) Oxiiii...! Ó xente, bichim! Ó meu Padim Ciço!! Eu queria (hic!)... Eu só queria saber só de uma coisinha. Quem foi o infiliz que me fez sair de lá do meu bem bom até aqui (hic!)- Resmungou o ser que parecia vir do além.
Cindy, assustada com o que surgira em sua frente, perguntou admirada:
- Quem é você?! E que aparência horrível você tem!! O que está fazendo aqui?
- Ó xente! – respondeu com fúria - Num tá vendo que eu sou seu fado madrinho, ora?! (hic!)
Cinderela, nesse momento, deixou a vassoura cair de sua mão, arregalou os olhos e boquiaberta perguntou:
- Fado madrinho?! E bêbado? Fedendo a cachaça ainda por cima?! É o meu fim!
Enquanto ela falava, o madrinho, com seus olhos também arregalados, parecia não acreditar no que estava a sua frente. Não parava quieto, parecia o próprio boneco João bobo e dizia para a moça enquanto se balançava em seu próprio eixo:
- Mas tu é feia, vice? (hic!) E eu já vou logo dizendo minha filha, faço até alguns milagres, mas não me chamo Pitanguy!
- Mas tu é feia, heim? Vou te contar... – continuou ele falando com a caninha embaixo do braço e o copo na mão:
- De que inferno te tiraram, minha filha? Ó meu Padim Padi Ciço – se lamuriava o madrinho - Que inferno é esse que tu me mandaste, sô?!
A moça respondeu embravecida:
- Ah! Não seja imbecil, seu insolente! E você o que é? Um bêbado, isso sim!
Com a língua que mais parecia estar pesando na boca, respondeu o madrinho:
- Vixi, menina! Mas o fado aqui, daqui a pouco estará curado. Não se preocupe não? De qualquer modo, vou resolver (hic!) seu caso, vice? Não fique avexada assim não, minha bichinha. Você não quer ir ao baile para conquistar o boca de Wando? Então se prepare, porque você se tornará uma nova mulher em poucos minutos. Vou realizar o seu desejo e é agora! (hic!)
De repente, o madrinho ajeita o copo em sua mão, enche de cachaça e rapidamente joga em cima de Cinderela.
- Hãm?! Mas o que é isso, seu louco embriagado? Olha só o que você fez?! Você só pode estar brincando comigo!
- Calma. Calminha, ó xente! Daqui a dois minutos você verá a transformação. E não se esqueça que esse encantamento só vai até a meia-noite, depois disso, já era minha filha! Voltará a ser o mesmo filhotinho de ET dos infernos de sempre! (hic!).
Passado dois minutos...
- Ó meu Padim Padi Ciço! Eu sabia que o seu afilhado aqui podia contar contigo, meu Padin! (hic!) Viu? Você tá uma belezura, minha filha! Não vai ter boca de Wando que te resista! - Disse o madrinho, feliz e agradecido.
Cinderela não acreditava no que lhe havia acontecido. Olhava-se várias vezes no espelho e não acreditava em como se tornara tão linda. Seus cabelos agora se tornaram lisos e longos até a cintura. Trajava um belíssimo vestido vermelho que revelava uma bonita silhueta que ela não tinha. Finalmente, agora sim ela poderia ir ao baile e desbancar as suas irmãs megeras. Elas iriam morrer de inveja da sua beleza. Cindy, a minha amigona do peito, estava linda.
- Então, agora vamos! Já estou pronta e radiante! Mas... – disse ela, pensativa- Só está faltando uma coisinha... Como iremos ao baile? Não temos nada que nos leve para o baile agora? Faça alguma coisa madrinho! E rápido! A hora já está avançada e não terei muito tempo para a festa.
Então o madrinho parou um pouquinho o seu ritmo de boneco João bobo para pensar, só que não conseguiu, pois foi logo tombado para o lado e quase caiu. Até que, finalmente, surgiu uma idéia:
- Vixe Maria! Valhe-me deus! (hic!) Por um acaso você não tem um jerimum em casa, não? Preciso de um jerimum, vice? Ele será a nossa tábua de salvação! Vou transformá-lo em uma linda carruagem. Mas preciso dele agora!
Cinderela saiu desabalada a procurar em toda a cozinha por uma abóbora. Abriu todas as gavetas das três geladeiras e todas as portas das dispensas, e nada de abóbora. Desesperada, disse para o fado madrinho dar o jeito dele. E assim, depois de muito pensar, ele teve uma idéia.
- Já sei. (hic!) Não tem outro jeito, minha bichinha... - Dizia ele olhando tristemente para sua garrafa de cana - Vou ter que transformar você em uma linda carruagem. Não tem jerimum, então, vai tu mesmo minha velha companheira de guerra!(hic!)
De repente, fora de casa, depois dele pronunciar algumas palavras olhando para a garrafa, eis que ela se transformou numa... Numa... Numa carruagem... É, digamos assim.
- Hãm?! Fado Madrinho! Mas o que é isso que está em minha frente?? - Perguntou Cinderela desesperada - Eu não vou ao baile com isso! O que vão pensar de mim?
- Ora cabritona! Largue de frescurice ! E você queria mais o quê? Casa que não tem jerimum só podia dar nisso mesmo! E olhe, ta muito é bom!(hic!) E vamos simbora pro baile que já estou perdendo a paciência.
-Mas isso não é uma carruagem, isso é um, um ... Um Rural! Um carro Rural! Eu não vou ao baile com isso é nunca! - falou Cinderela decidida.
O fado embravecido retrucou:
- Oxiiii...! Mas olhe! Veja só isso, minha nossa?! Tá reclamando do quê, coisinha?! Oh mulher desmilingüida! Pois fique sabendo que esse é o melhor de minha terra! Então largue de bestagem e entre logo nessa joça, antes que eu perca a minha paciência e te deixe aí de uma vez. E vamos simbora gambada! (hic!) Que a Rural vai arribá!
- Ande, entre logo Cinderela! Eu mesmo dirigirei essa belezura. E não se preocupe, pois quem tá comigo, tá com Deus! (hic!)
E partiram os dois ziguezagueando pela rua afora até chegarem à mansão do Marcelão. E chegando lá, todos os rapazes se admiraram ao ver Cindy, digo, Cinderela. Ela era realmente a mais bonita da festa, todas as mulheres que ali estavam invejavam a sua beleza. Sua família postiça não conseguiu reconhecê-la. Marcelão, boca de Wando, quando a viu não queria saber de outra moça para dançar, só queria ficar, estar na presença dela. Enquanto isso, na festa, já cansado de esperar no carro Rural, entra o fado madrinho para tomar umas cervejas, pois estava seco fazia horas. Ao entrar porta adentro no salão, madrinho não se contém no que vê e, revoltado, diz embravecido:
- Ó meu deus!(hic!) Ó meu Padim Padi Ciço! Acabe logo de vez com essa missão que eu quero mais é voltar pra minha terra! Oh raio de povo feio é esse aqui, minha Vige Maria.
Oh festa pra ter baranguete! Descunjuro. Expia só mais isso! Desse lado da sala tudo boiola, (hic!) do outro lado, só corno. Quanto desgosto meu Padin Ciço...
De repente um cidadão se levanta de umas das mesas e se revolta com aquilo que acaba de ouvir do fado madrinho:
- O quê? Quem você pensa que é? Eu não sou corno, não!
- Então seu boiola, passe para o ouro lado da sala! - Disse o madrinho cambaleando nas próprias pernas.
Irritado, aquele homem sentindo-se ofendido, desabotoava o punho da blusa e arregaçava as mangas para um confronto com aquele bebum:
- Oh meu senhor... - Disse o rapaz sobressaltado, mas não conseguiu terminar sua fala, pois foi logo interrompido pelo madrinho.
- Meu senhor, não!(hic!) Eu não sou seu, coisa nenhuma! Assim você está me ofendendo. Eu sou é macho ! Mas eu não tô dizendo minha Vige Maria?!
Enquanto os dois discutiam, as mulheres, histéricas, começaram a cercar o magnata Marcelão exigindo-lhe que dançasse com elas também, pois ele só tinha olhos para Cinderela. Mesmo assim, elas não se contiveram e começaram a gritar num ataque de nervos por aquele que seria o herdeiro, o homem da vida delas. Porém, em meio a muito tumulto e histeria, tocou doze vezes o badalo do relógio, deu meia –noite e Cinderela precisava fugir dali de qualquer jeito. Mas o Marcelão... Ah, o Marcelão... Segurava a moça em seus fortes braços morenos e saradões.
- Não, me largue! Preciso ir agora para casa! Por favor, me solte!
- Mas porque tanta pressa? Não está gostando da festa e de estar comigo, doçura? – Falou o magnata com toda sensualidade, projetando aqueles lábios de Wando à medida que ia se aproximando da face de Cinderela, fazendo com que ela percebesse, de longe, um leve mau-hálito.
Com muito custo, Cinderela consegue se livrar dos braços daquele homem sedutor e corre para o Rural que estava estacionado em frente, enfeando a mansão. Só que, infelizmente, era tarde demais. No carro ela voltou a ser a mesma borralheira que era antes, e o carro, este se transformou na velha garrafa de pinga. Ficou espantada, triste a coitadinha. Tentou se esconder atrás de uma árvore frondosa que havia naquele imenso jardim. Escondida, ao olhar para o seu pé, se lembrou que deixara um dos seus sapatinhos de verniz cristal no salão quando saíra correndo. Até que lhe veio na mente uma idéia. Pediu para o fado madrinho voltar à festa e pegar o sapatinho que lá havia deixado. O fado, por sua vez, reclamou por demais, mas resolveu atender o pedido da borralheira.
Enquanto isso, no salão, se encontrava Marcelão rodeado de mulheres. Todo ele era de uma tristeza e desconsolo só devido ao sumiço repentino da princesinha dos seus belos olhos e alma. No entanto, andando pelo salão, enquanto inspecionava a criadagem e os convidados, o mordomo achou um sapato e entregou ao magnata para ver se ele reconhecia aquela peça de vestuário.
- Senhor? - Interrompeu o mordomo Alfred os pensamentos longínquos e triste do seu patrão.
- Sim, Alfred. O que você quer? O que é isto que está na sua mão? – Perguntou Marcelão com uma voz cansada de tristeza.
- Esse sapato, Senhor. Acabei de encontrar no meio do salão. Não seria ele o sapato da dama que estava o tempo todo ao seu lado na festa?
Nesse momento, depois de expulso do salão pelos seguranças, entra o madrinho bebum porta adentro, cambaleando nas próprias pernas. Entra tão rápido e o corpo tombando para o lado que chega a esbarrar na mesa de mármore que quase caiu.
- Vixiii...!! Calminha aí! Não me empurra, não!(hic!) - Dizia ele olhando para a mesa que há pouco esbarrara.
Nesse momento o fado resolve se aproximar do magnata e do seu mordomo para ouvir a conversa, pois ali bem perto tinha na mesa uma garrafa de uísque escocês.
- Oxiii...! Obrigado, meu Padin! Até que a missão não é tão infernal assim, minha Virge Maria! – Feliz dizia o bebum já com a garrafa na mão.
Enquanto isso, Marcelão, continuava a conversar com o seu mordomo Alfred.
-Traga aqui, Alfred, esse sapato. Não me lembro de tê-la visto dançar com ele.
- Bonito não Alfred? Mas que sapatinho mais lindo! – Admirou-se grandemente, e como sorria o magnata boca de Wando ao pegar e ver o sapato brilhante em suas mãos.
- É sim, Senhor. É lindo mesmo, e como brilha!
Mas o magnata ficou tão admirado, mas tão admirado com tamanha beleza e brilho radiante daquele belíssimo sapato vermelho, que não mais resistiu, não conseguia suportar e resolveu atender a sua angústia interior que corroia demais a sua alma.
- Alfred, por favor, retire o meu sapato, pois vou experimentar esse lindo sapatinho - ria o magnata por satisfazer seu sonho com tamanha beleza daquela peça de vestuário.
- Ohhhhh... !!! - Ovacionou toda a mulherada, histérica e frustrada após ouvir o desejo do Marcelão.
Nesse momento, o madrinho que estava dormindo e babando, deitado na mesa bem próxima da reunião, após ouvir aquilo do magnata, de repente levanta a cabeça para olhar aquela cena e, logo em seguida, grita com sua voz mole de tanto que bebeu:
- Oh, meu deus! Que esse mundo só pode mesmo tá é no fim! Mas que desgosto, meu pai! Bem que eu percebi que esse cabra tinha uma vontade de ser homi! Oh, terra de ninguém meu Padin Padi Ciço! Descunjuro! - Dito isso, se benzeu.
Lá fora, no jardim, Cinderela disfarçava e espiava em umas das janelas da casa o que estava havendo no salão devido a tanto alvoroço das mulheres que gritavam histéricas.
- O que você está fazendo aí parada, mocinha? A festa já começou faz horas! Porque não está com seu uniforme? Deixe de moleza! Vá para a cozinha, se arrume e trate logo de servir os convidados! – Furioso, indagou Alfred a Cinderela, não a reconhecendo.
Ela, muito atônita, porém aliviada, dizia baixinho para si enquanto espiava a festa da janela:
- Mas que papelão, heim... Seu Marcelão? Olha só no que eu iria amarrar minha égua?! E eu crente, crente que iria me dar muito bem nessa vida... É, nem tudo que reluz é ouro!
Enquanto isso, lá na festa, todos embalados por luzes cor de neon e rosa - choque que não paravam de piscar, dançavam freneticamente ao som da música “I Will Survive”.
As mulheres em pleno ataque de nervos e inimigas mortais, após a fatídica revelação do magnata Marcelão, fizeram as pazes e começaram também a dançar. Por sua vez, Marcelão, dançava, e dançava requebrando aquele corpo marombado até o chão. Estava se sentindo radiante com o seu colar de plumas pink e sandálias plataforma que há muito tempo escondera no armário. Sentindo-se a própria “Priscila, a rainha do deserto” e muito bem acompanhado com o fado madrinho, o magnata não parava de se requebrar. E todos dançaram, e dançaram, e beberam a noite inteirinha. E foram felizes para sempre.
Autoria: Simone Prado.
Conto registrado na Biblioteca Nacional - Escritório de Direitos Autorais- (E.D.A- RJ)
Poiésis
segunda-feira, março 29, 2010
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4 comentários:
Si, esse texto nao é um texto mas sim uma perola. parabens amiga, lindooooooooo maravilhoso
Nossa, quanta criatividade!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Amey x infinito!!!!!!!!
Oi, moça!
Você ainda não viu nada(rs) Tem que ver a peça que está sendo ensaida baseada nesse texto. Estou muito feliz.
bijusssssssssss...
Volte sempre!
cindereola de vezes de para topra de compra
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