Tenho que aprender com a Nana a ludibriar o tempo.
Mostrar para ele que não tem jeito,
Que é ele que morrerá por mim, e não eu por ele.
Não o esperarei bater em minha porta: Ela já está aberta.
- Mas eu? Ah, eu já saí!
- O tempo? Que pena. Chegou um pouco tarde. Não quis esperá-lo.
Insistiu. Deixou um bilhete. Disse que voltaria.
Voltou. Bateu uma vez. Dessa vez, em minha janela.
Me encontrou.
E dizia que só queria estar comigo, segurar a minha mão,
Pois ele me serviria de melhor companhia e também de solução.
Fiquei parada, calada, não queria reviver o tormento.
Insistiu em ficar, cuidar das minhas feridas, da minha falta de alento.
Mas ele... Chegou um pouco tarde e não lhe permiti argumento.
Não darei para ti a minha companhia,
E não será um em mim por mais que você insista.
- Leve contigo esse retrato surdo, esquecido e calado!
E o seu tempo e a distância que só deixaram lembranças
Que agora bate a minha porta, insistindo em ficar...
Mas ele... Chegou um pouco tarde e não lhe permiti argumento.
Não darei para ti a minha companhia,
E não será um em mim por mais que você insista.
- Leve contigo esse retrato surdo, esquecido e calado!
E o seu tempo e a distância que só deixaram lembranças
Que agora bate a minha porta, insistindo em ficar...
- Mas eu? Ah, eu já estou de saída!
Saio daqui para renascer E você, tente me esquecer.
* Poesia que fiz dialogando um pouquinho com a belíssima música de Nana Cayme, Resposta ao Tempo.
Saio daqui para renascer E você, tente me esquecer.
* Poesia que fiz dialogando um pouquinho com a belíssima música de Nana Cayme, Resposta ao Tempo.
0 comentários:
Postar um comentário