Mia Senhor formosa Fror d’amor
Non poso lle negar mi amor
i Coitado de mi que vi mia Senhor!
Tua beleza me foi a mi doce tortura
Gran ben lle quero a tan bela candura
Nostro Deus há de cuidar de tan boa Dona
Não há para mi outra Senhor como que é fror
Neñuma moller vi como esta Dona
En teus raros paseos me contento
Ora me esváio
Ora me desatino por dentro
Quando non vexo a face de mia Senhor
A bela Dona que és Fror
Pero que non poso con ella falar
So restando a mi ollar a face bela
Que lumeame máis e máis
As frores , o verde, menten
Non son máis belos que a mia Senhor
Mia Senhor, formosa Fror,
Para sempre ei de amar
Se ella soubese como lle quero ben
Máis que a mi vida
Prefiro eu a morte, morrer a alma a míngua
Pelo coração que dispara por mia Fror d'amor
Autoria: Simone Prado
Poesia registrada na Biblioteca Nacional- Escritório de Direitos Autorais- (E.D.A- RJ))
Trovadorismo
O Trovadorismo surge em Portugal no início do século XIII e tem seu fim no século XIV com Don Diniz, um dos últimos trovadores da época. Nessa fase, destaca-se na literatura portuguesa a poesia por meio das Cantigas, e, na prosa, as Novelas de Cavalaria. Portugal, nesse período, passava por um processo de consolidação nacional.
A poesia trovadoresca possui como língua o galego-português que, na época, era tida como exclusiva da poesia lírica; além da obrigatoriedade que os poetas possuíam em adotá-la em suas práticas literárias.
As cantigas de amor foram de extrema importância, pois serviram de base para a poesia lírica portuguesa e brasileira.
Nesse período arcaico da língua portuguesa, tanto o lambidacismo (pronúncia que consiste na troca do r pelo l) quanto o rotacismo (pronúncia que consiste na troca do l pelo r - por exemplo, a palavra fror), e principalmente o rotacismo, foram características marcantes nessa fase. Além disso, foi constante o uso dos pronomes de tratamentos no gênero masculino - por exemplo: mia Senhor.
As Cantigas de amor têm por finalidade a exaltação da imagem feminina, por esse motivo as palavras referentes à mulher amada são grafadas em letras maiúsculas, escritas em primeira pessoa, sendo o “eu-lírico” masculino. Este, por sua vez, declara o seu amor a sua dama, uma mulher da aristocracia que vive em palácios, idealizada e inatingível para a qual ele dedica todo o seu amor , e que , por esses motivos, ela passa a ser frequentemente vigiada por ele. Amor este proibido de ser sentido a dois por ser, a mulher, uma dama casada, esposa do seu senhor. Dama pela qual valia a pena ele morrer. Amor esse sublimado vivido por um vassalo.
1 comentários:
Olá, sô!! Seu rosto tá nu bróg TV ETC nu vidiu da ora!!!
Visiti o bróg e dance a quadrilia sem pará!!!
Seu blog foi escolhido como destaque e seu rosto foi parar no Vídeo da hora!!
entre aqui: http://danielrodrialmeilei.blogspot.com/p/video-da-hora.html
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